Refiz meu portfolio mais uma vez

8 minutos
Ilustração com 4 lutadores de sumô lutando e ao centro um suhi
"The Day Never Get Between A Sumo Wrestler And Food" (Ilustração: Sean Fallon)

Neste página: analise da minha presença na internet e como eu mostro meu trabalho — esse texto é um relato ☺️

Estou a muito tempo trabalhando com design e com a internet. Já trabalhei criando interfaces de sites e sistemas como se fosse um “sistema de montadora de carro”, eram 3, 4 sites por mês, usava Photoshop e entregava interfaces lindas, os clientes adoravam! Na época tinha um fluxo de telas, um protótipo interativo, um documento de Word escrito muito superficialmente que era escrito a 4 mãos, duas delas eram minhas e as adicionais eram dos desenvolvedores, o foco era mais UI e menos UX (o mercado pelo menos em Pernambuco, ninguém usava esse novos termos livremente).

Mas e o meu?

Sempre foi uma dúvida quanto tempo iria aguentar sem mudar alguma coisa ou não ter tempo para escrever, publicar e atualizar. Existia muitos porém sobre os aspectos visuais do meu espaço, ir para o mais simples e mais alinhado a minha personalidade ou desenvolver algo extremamente mais elaborado e que mostre todas as minhas capacidade?

Os designers que tinha acesso no início da minha carreira, tratavam o portfólio como uma mídia que tinha que ser “belo”, tinha que ser recheado de bons trabalhos, com várias empresas grandes e de diversos nichos. Por isso que sempre tive medo de mostrar meus entregáveis e o meu entregavel.

Com a maturidade e meu desenvolvimento profissional e pessoal, parei de me sentir menor por que o “amiguinho” trabalhava no empresa foda e tinha mais oportunidade de experimentação.

Como mostrar meu processo e meu trabalho?

A primeira versão que fiz, foi no WordPress. Ter um gerenciador de conteúdo trazia muita facilidade na edição e atualização o material — super imaginando que iria publicar diversos conteúdos 🤡, a vida é bem mais cruel do que a gente imagina 😢, o que eu imaginava… a prioridade nunca foi o meu — fiz alguns rascunhos em papel (apresentado abaixo), desenvolvi o protótipo em baixa fidelidade, mas não me aprofundava na construção de diversidades das interfaces.

1º versão

Rascunho da primeira versão do meu site em WordPress
Rascunho da primeira versão do meu site em WordPress

Protótipo feito na época com o maravilhoso Balsamiq, melhor ferramenta para construção de wireframe na construção de entregavel navegacional.

Wireframe feito no Balsamiq

Os elementos visuais utilizados na interface, tais como: cores, ícones e tipografia foram baseados na clareza e na facilidade de leitura, na época eu adorava essa “estampa” estilo japonês, hoje entendo que isso é um problema, dificultava a leitura.

A estrutura era sempre, portfólio + blog (combo que gosto até hoje) e um pequeno espaço para me apresentar com os links das redes sociais e algumas tags de assunto, dropdown com o arquivo das publicações.

print da primeira versão do meu portfólio
A imagem acima está faltando background nos card das publicações. Infelizmente único resgate da época

2ª versão

A partir dessa nova versão, construí estruturas e direcionamentos que me acompanham até hoje. Nesta versão, trouxe algo mais sóbrio e muito mais alinhado a minha personalidade. Infelizmente aqui não conseguimos colocar p código embutido do Adobe XD, então na legenda do fluxo abaixo você pode acessar e navegar.

Fluxo no primeiro nível: tela inicial; 2º nível: portfólio, blog, pesquisas e páginas diversas; 3º nível: portfólio > case; blog > post e páginas > sobre e contato. Para acessar o protótipo navegacional desse fluxo clique no link https://xd.adobe.com/embed/b4a7a33d-5ab8-4198-8170-5ab496f8ae12-e1f4

Outra mudança foi o custo para manter um servidor apenas para ter um site. Tentei outras plataformas: Wix, Webflow, Adobe Portfólio — mas nenhuma possibilitava personalizar como estava acostumado, tinha que “reaprender” de novo para customizar — não estava disposto.

Soube que o Github te dá a possibilidade de construir páginas e de graça, só bastava ter conhecimento em HTML, CSS e eu tinha de sobra! O Jekyll foi amor a primeira vista, simples e prático, mas manter era custoso, porém dessa vez estava afim. Fui atrás de informação e me deparei com o curso do Willian Justen na Udemy fiz e construí a primeira versão no Github Pages!

3ª versão

Eu não tenho interesse de tornar meu site/minhas redes um estouro de visualização e engajamento, por isso não tenho Analytics no site e também não fico compartilhando e nem interagindo com os outros designers afim de colecionar números mesmo que eu adorei dar feedback e comentar sobre os trabalho de outros profissionais. Aprendo demais analisando e entendo o processo dos outros.

Estrutura do site A estrutura estava enorme e parte dela não trazia ganhos reais, era só um capricho. Abaixo você pode vê o tamanho da estrutura mesmo pra um site simples como é o meu.

O CSS do projeto era um mistura de várias estruturações e métodos de organizações de pastas e utilizações do Sass — novamente sem ganhos reais.

4ª ou 3ª e 1⁄2 versão

Mesmo não tendo a intenção de “viralizar”, hoje entendo que está junto com outros profissionais pode agregar muito mais a mim, assim decidi trazer meus:

  • pensamentos para o Medium(tenho algumas queixas sobre o direcionamento da plataforma, mas tudo bem) e é por ele que você está lendo este texto ✨;
  • trabalhos no Behance — importante é deixar registrado que lá será meu processo, por isso texto será texto (falo isso por que é muito comum os usuário lá colocarem textos dentro de imagens só para adicionarem uma cama estética que pra mim não agrega valor), imagem só quando fizer sentido e informações tabulares serão exibidos em tabelas, assim como informações como fluxos, wireframe, etc serão exibidos como deve ser e tudo deve ser acessível — pelo menos a maioria das coisas que conseguir fazer ser.

A ideia que lá (no meu portfólio) seja um hub sobre meus trabalhos e textos. Ainda é no jekyll, mas a estrutura muito mais simples e sem ajuda de manipulações de javascript ou framework de terceiros (👋🏻 Bootstrap).

E pela primeira vez o mobile first foi levando 100% em consideração. O site foi projetado para o mobile, a quantidade de código CSS para fazer as mudanças de acordo com o dispositivo foi muito menor.

Estrutura está muito menor, a pasta _data continua sendo base para a página do sobre. O que muda significativamente são a construção dos posts que estão distribuídos entre Behance e Medium e a o arquivo CSS tá MUITO menor e só tem UM. Utilizo constantemente o arquivo Diagnostic.css do Karl Groves que é um arquivo simples e que ajuda no teste de acessibilidade!

Minha presença nas redes sociais

Eu cansei de ativar e desativar redes sociais profissionais, perfil do Instagram ou Twitter, mas hoje vejo que não faz tanto sentido para mim ter uma rede exclusiva dessa, Instagram e Twitter são de uso 100% pessoal. LinkedIn tá ai para isso (inclusive, me adiciona lá 😉), além disso estou Behance, Github e o Medium, esse quarteto é hoje onde projeto profissionalmente.

E que é essa Agência hein?

Na minha cabeça a Agência Sumô é uma agência de um homem só, como o Nine Inch Nails, por ter trabalhando tanto tempo sendo uma EUquipe (se é que você me entende), sempre me preocupei com TODO o processo então lá no começo da carreira a parte comercial de uma empresa me tratava dessa forma, como uma agência.

Porém Agência Sumô é nada mais do que um site, um portfólio de um designer. A ideia do espaço é de abordar informações sobre meus trabalhos, é sobre o processo, as dificuldades, os objetivos alcançados, as pessoas envolvidos e o resultado final apresentado por mim e o desejado/aprovado pelo cliente.

O nome foi escolhido por que o meu nome é muito complexo e achei que não seria fácil das pessoas digitarem corretamente, então por causa da ilustração do Sean Fallon — a que está no topo dessa publicação, o nome se tornou definitivo.

E esse endereço?

Meu nome é muito complexo, seria inviável comprar todas as variações ortográficas do meu nome só por causa desse capricho, então nada mais justo do que achar um nome menor — a minha primeira tentativa foi o sumo.ag, .ag de Agência, essa terminação é de um país no Caribe, Antígua e Barbuda, o pagamento era em dólar e ano a ano foi aumentando o preço 💸.

Em Abril de 2013 eu comprei o domínio .pe é um sufixo peruano para domínios, como o .br, mas no meu caso é uma menção ao meu estado, Pernambuco.

Se a curiosidade rolou, esses domínios diferentes estão disponíveis no 101 domain.

É isso, espero em breve ter mais novidades, no LinkedIn, no Behance e aqui no Medium, ou seja, espero ter mais coisas para compartilhar no meu portfólio, sumo.pe!

Obrigado por chegar até aqui 🤗

Portfolio Designer Jekyll Profissional HTML

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